Da Intolerância
A Intolerância é uma das expressões mais acabadas de uma mente limitada e incapaz de se abstrair de si próprio. Intolerante é aquele que conhecendo a opinião do Outro é incapaz de reconhecer o direito deste a possuir uma opinião autónoma e independente e que procura levar o Outro a mudar a sua posição para uma outra que esteja mais próxima à sua.
Intolerante é aquele que se acredita no centro do Universo, detendo a Verdade Absoluta, coisa que existe tanto como o Pai Natal da Coca Cola, uma vez que todas as "verdades" são relativas, contextuais e temporais, como bem escrevia José Gomes Ferreira nas suas "Aventuras de João Sem Medo"...
Quando um intolerante encontra uma opinião diferente da sua não consome muito tempo na tarefa de explicação da sua posição, nem tenta convencer o Outro a aderir à sua Opinião com grande empenhamento nem argumentação, porque acredita sempre no seu íntimo que detém a Verdade, e logo, para quê explicar aquilo que lhe parece óbvio? Perante uma posição diversa, o Intolerante recorre frequentemente ao insulto gratuito e ao rebaixamento moral e intelectual do adversário, no bom estilo de diminuição estalinista.
Pela sua crónica incapacidade de reconhecer a validade da argumentação dos Outros (de todos os Outros) os intolerantes perdem a capacidade de verem desenvolverem-se e evoluirem os seus raciocínios, cruzando-os com os dos Outros, no cumprimento de um verdadeiro processo dialéctico que conduz sempre ao aperfeiçoamento.
A quem servirá este barrete?
Intolerante é aquele que se acredita no centro do Universo, detendo a Verdade Absoluta, coisa que existe tanto como o Pai Natal da Coca Cola, uma vez que todas as "verdades" são relativas, contextuais e temporais, como bem escrevia José Gomes Ferreira nas suas "Aventuras de João Sem Medo"...
Quando um intolerante encontra uma opinião diferente da sua não consome muito tempo na tarefa de explicação da sua posição, nem tenta convencer o Outro a aderir à sua Opinião com grande empenhamento nem argumentação, porque acredita sempre no seu íntimo que detém a Verdade, e logo, para quê explicar aquilo que lhe parece óbvio? Perante uma posição diversa, o Intolerante recorre frequentemente ao insulto gratuito e ao rebaixamento moral e intelectual do adversário, no bom estilo de diminuição estalinista.
Pela sua crónica incapacidade de reconhecer a validade da argumentação dos Outros (de todos os Outros) os intolerantes perdem a capacidade de verem desenvolverem-se e evoluirem os seus raciocínios, cruzando-os com os dos Outros, no cumprimento de um verdadeiro processo dialéctico que conduz sempre ao aperfeiçoamento.
A quem servirá este barrete?
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