oGrunho (Discussão sobre Política Nacional e Internacional)

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domingo, dezembro 18, 2005

Crescimento Zero e Decrescimento - ATTAC

"Evolução no sentido de uma desaceleração progressiva e racional do crescimento material, sob condições sociais precisas, como primeira etapa para o decrescimento de todas as formas de produção devastadoras e predadoras."

Texto da ATTAC

Um dos paradigmas centrais ao actual modelo de desenvolvimento económico é o crescimento do lucros e da produção quantitativa de bens materiais. Este dogma assenta num pressuposto de pés de barro: de que é possível alimentar este crescimento eternamente com matérias primas e fontes energéticas que se sabem serem limitadas e que se sabe hoje que ja alcançaram o pico máximo de podução (petróleo).

Assim, os novos dogmas económicos do neoliberalismo não são sustentáveis a médio prazo porque assentam numa lógica de aumento de exploração de recursos que são finitos e como transportam em si essa contradição, estes dogmas irão provocar uma crise global sem precedentes quando a constatação da existência destes limites fôr evidente até para os mais radiciais dos neoliberais.

Urge assim repensar este modelo económico baseado no crescimento dos lucros, na rápida rotação e substituição dos bens fabricados, substituindo esta lógica autofágica por um sistema de produção que fabrique bens duradouros e robustos e não bens modais e frágeis que são concebidos para serem substituidos ao fim de dois anos por obsolescência.

O dogma do crescimento constante deve ser substituído pelo "crescimento zero" e, mais tarde, pelo próprio decrescimento. O dogma do aumento do lucro deve ser substituído pelo do "equilíbrio do lucro" e da "empresa virada para o Homem e não para o Lucro dos accionistas".

"Limitar o consumo de carne, estabelecer um limite ao consumo de petróleo, utilizar os edifícios de forma mais poupada, produzir bens de consumo mais duráveis, suprimir os veículos particulares".

Texto da ATTAC