oGrunho (Discussão sobre Política Nacional e Internacional)

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sexta-feira, setembro 30, 2005

A campanha Maná

"Convertê-los ou removê-los. Juízes "nossos defensores" corrompidos" dizem os cartazes que a Igreja Maná colou por toda a Lisboa e os folhetos que disseminou por muitas caixas de correio.

A mensagem destes cartazes nada tem de religioso. Em momento algum se fala de Salvação, Fé ou Religião. Aparentemente, os Manás devem tez recebido uma qualquer sentença desfavorável por parte de algum juíz e como resposta lançaram uma campanha anti-juíz. E é aqui que se colocam várias questões:

A) a Igreja Maná é à luz da Lei, uma entidade religiosa. Uma campanha com objectivos políticos como esta está de acordo com a sua suposta função religiosa?

B) como entidade religiosa, A Igreja Maná não paga impostos. Isso significa que não pagou impostos sobre os custos de impressão destes cartazes... Mas se está a desviar-se da sua função original a "Igreja" não devia pagá-los?

C) quanto custou esta campanha? Quantas dízimas de reformadas com a pensão de sobrevivência custou? A Igreja não encontrou melhor destino para estes recursos? Que tal um Lar de Terceira Idade ou o apoio domiciliário a idosos e acamados? Não seria isso mais concordante com a sua suposta função "religiosa"?

D) a arrogante e privilegiada corporação dos Juizes tem uma imagem cada vez mais degradada junto da opinião pública. É óbvio que a Maná tenta capitalizar parte deste descontentamento em proveito próprio... Mas esta campanha não é sobretudo um acto de vingança? E esse não é um sentimento muito pouco cristão? Onde está a "outra face" que os pastores manás apregoam nas suas "garagens da fé" (vulgo "capelas")?