oGrunho (Discussão sobre Política Nacional e Internacional)

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quinta-feira, setembro 15, 2005

Parte 18: A Escrita Cónia: A Economia de Tartessos

Embora escasseiem os vestígios materiais, é possível esboçar a estrutura económica da civilização cónia. Tratava-se – segundo a “Orla Marítima” de Avieno – de uma economia em que as trocas comerciais e as navegações oceânicas desempenhavam um papel nuclear. A “Orla Marítima” diz-nos que: "entre os Tartéssios, havia o costume de negociar nos confins da Estrimnidas (Bretanha). Também os colonos cartagineses e o povo que habitava junto às Colunas de Hércules frequentavam esses mares, águas que, no dizer do cartaginês Himilco, apenas durante quatro meses podiam ser percorridas". Este povo sem nome pela posição geográfica era sem dúvida o cónio e as cidades de onde partiam estes navios eram certamente as cidades cónias da costa hoje algarvia. Era assim essencial o papel desempenhado pelas cidades costeiras cónias no circuitos marítimos que ligavam o reino de Tartessos à Bretanha, um papel que para além de ser o de local de passagem e de abastecimento para os navios que empreendiam essa longa viagem parecia ser também mais activo e participativo, uma vez que parecem ter havido navios cónios empenhados em percursos marítimos até pelo menos à actual costa galega.