oGrunho (Discussão sobre Política Nacional e Internacional)

Este Blog mudou-se! Clique AQUI para aceder ao novo http://quintus.wordpress.com

quinta-feira, setembro 15, 2005

Parte 22: A Escrita Cónia: O Cão

No começo do período neolítico as populações Magdelenenses da zona do Mar Báltico introduziram a domesticação do cão. Esta domesticação foi importante para o aumento do sucesso da caçador, que agora podia contar com um aliado com um olfacto muito desenvolvido e um elevado grau de mobilidade. Donald Mackenzie acreditava que a este papel deveria corresponder um forte papel religioso, se não entre os Magdelenenses, pelo menos entre os Cro-Magnons.

São comuns os exemplos de adoração do cão nas religiões. No Antigo Egipto, temos Anubis, o protector e guia das almas dos Mortos no Além; também Apuatua, outra divindade egípcia era outro deus-cão. Entre os hindus, Yama, deus dos mortos e Dharma, deus da Justiça, eram deuses com aspecto canídeo. Na complexa mitologia grega, o cão era o guardião do Inferno que Hércules devia vencer. Na mitologia celta, Cuchulin, mata o cão que guarda as portas do Inferno e toma o seu lugar, aliás daqui deriva o seu próprio nome Cu (cão) de Culann. Na Escócia o povo venera ainda hoje as “pedras cão”.

Todos estes vestígios representam uma sobrevivência neolítica do culto do Cão, o facto de terem em comum o seu carácter infernal não deve ser ignorado. A sua presença nas estelas descobertas em território nacional e datadas da Idade do Bronze indica que manteve entre os nossos antepassados o mesmo sentido.