oGrunho (Discussão sobre Política Nacional e Internacional)

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segunda-feira, outubro 31, 2005

A Via Alternativa

A diferença e contraposição Esquerda-Direita que as eleições presidenciais vieram relançar (o candidato da "Direita" versus os "candidatos da Esquerda"). Colocam a questão vetusta da separação esquerda-direita que tem muito mais de religioso, do que de racional. O pensamento de Marx tem muito valor para um Neoconservador, que podendo discordar da sua leitura do progresso humano, mas concordar com os seus métodos de análise, e o mesmo (oposto) se poderá dizer da Economia de Mercado e da Iniciativa Privadas, no sentido inverso...

Digo que é possível fazer leituras transversais das propostas económicas e políticas, criando uma verdadeira Terceira Via, que nada tem a ver com as leitura mediatizadas e popularuchas de Blair e Clinton. Nesta leitura, o pragmatismo prevalecerá sobre a Ideologia, e a contraposição clássica Direita-Esquerda tornar-se-á obsoleta.

Por isso defendemos uma via alternativa:

a) Antiglobalizante, porque defende a reinstauração das defesas alfandegárias como defesa da indústria e agriculturas nacionais contra produções de países onde vigore o desregulamento laboral ou ecológico;

b) Unificador, porque acreditamos que Portugal deve reencontrar as suas raízes históricas formando uma entidade política e económica única com o Brasil, Cabo Verde/São Tomé e Princípe e a Galiza, em primeiro lugar, e com os demais países de expressão oficial portuguesa, de Cabo Verde a Timor.

c) Primária, porque defendemos a primazia do sector produtivo sobre o terciário, optando por um fim da tercialização da economia portuguesa que foi a estratégia económica de todos os governos desde a décad de oitenta, com as funestas consequências que hoje se observam.

d) Cooperativa, porque acreditamos que este é o modelo de gestão, privado e mercantilista, que mais convém à justa distribuição dos rendimentos do trabalho e que permite a criação de entidades económicas viáveis e competitivas capazes de competir no Mercado.

e) Equitativa, em que todas as entidades económicas paguem uma taxa fixa sobre os seus lucros, de modo a minimizar a fuga aos impostos com o recurso a subterfúgios legais de fuga aos impostos. De igual modo, anomalias fiscais e de reduzida utilidade económica, como o Offshore da Madeira, deviam ser encerrados, e devia haver uma pressão concertada pelo encerramento de todos os paraísos fiscais do mundo, verdadeiros covis de criminosos e de branqueamento de capitais.

f) Municipalista, porque se defende uma Regionalização à escala municipal, onde o Município concentrará a maioria dos poderes e funções hoje entregues ao Estado central, nomeadamente todas as responsabilidades educativas, de Saúde, policiamento, etc. Ao Estado central competiriram apenas as missões militares, de representação nacional e a coordenação geral do todo nacional.

g) Educativa, porque defendemos a redução radical do plano curricular, adaptando cada grau de ensino à vocação do aluno e uma cuidadosa selecção do corpo docente, que premeie o mérito e motive para a eficiência e remunerando de acordo com a qualidade e não de acordo com a antiguidade.

h) Acolhedora, porque defendemos que a entrada de emigrantes é a única forma rápida de colmatarmos o grande decréscimo demográfico português. Mas de uma forma racional e controlada, sendo implacável com as Mafias de carne humana e impondo máximos de entrada estritamente limitados à quebra demográfica ocorrida no ano anterior.

i) "Domus", a criação da célula política e económica fundamental: " a "casa" (das ganze Haus), o chefe (Haus-herr, paterfamilias) é, ao mesmo tempo, o titular de poderes de direcção sobre os agentes produtivos (os membros da famïlia, na sua acepção de consanguíneos, agnados ou serviçais, poderes que a teoria da época designava por "poderes económicos".