Os motins em França
A escalada, multiplicação e agravamentos dos motins raciais que actualmente assolam os subúrbios de Paris e que se propagaram hoje a outras cidades francesas é um reflexo das políticas insanas e autofágicas dos governos europeus.
As migrações sempre fizeram parte da História da Europa. Os europeus sempre emigraram para países extra-europeus e sempre recebera emigrantes, mas existem na actualidade uma série de fenómenos que estão a agravar o impacte destes fenómenos e a escala com que estes se estão a verificar... A França - mais do que qualquer outro Estado europeu - consentiu que se formasse no seu interior uma imensa comunidade emigrantes étnicamente homogénea, religiosamente distinta e contraposta à sua religião "nacional" e concentrou esta comunidade em pequenos bairros homogénos e regionalmente concentrados nos subúrbios parisienses. Formaram-se assim pequeno "Estados" indepentes, verdadeiras nações autónomas do ponto de vista cultural, étnico e religioso, sem comunhão alguma com o Estado françês e em frequente afirmação pela negação contra este.
Criou-se assim um imenso caldeirão efervescente que aguardava apenas pelo mais leve assoprar para verter... E verteu. E de que maneira... Escolas, garangens, autocarros, mais de 500 automóveis queimados... Mortos, feridos, tiros disparados... O aumento do prestígio e influência dos gangs dos subúrbios que se arvoram em "bastiões" dos interesses dessa comunidade, bem à maneira do Hamas e da Jihad Islâmica em Gaza ou na Cisjordânia é talvez o fenómeno mais perigoso.
A isto respondeu o Estado françês com a habital negação freudiana (Dejá Vu com o "Arrastão de Carcavelos"?) e uma tímida e medrosa reacção policial, oscilando sempre no dilema do "se agimos com força, acusam-nos de racismo / se agimos suavemente, tomam a suavidade por fraqueza.
A França cometeu o erro de deixar nascer dentro de si um Estado. E de deixar esse Estado na miséria criada pela Globalização e pelo Liberalismo... Na ânsia de obter mão-de-obra barata deixou entrar mais emigrantes do que os que podia absorver e de os deixar viver com as piores remunerações e condições, de modo a maximizar a taxa de lucro. Agora, paga a factura...
E Portugal?... Exceptuando a religião muçulmana, alimentamos "Estados" semelhantes no concelho de Amadora, Loures, Almada e Sintra... Mas essa excepção é importante... A religião é um factor fracturante muito importante, e a maior parte dos emigrantes africanos em Portugal são cristãos como a maioria da população indígena e partilham com eles as mesmas igrejas. Os portugueses são também dos povos menos racistas (ainda) da Europa, embora já tenham sido menos do que actualmente, tanto mais porque muitos (como Moi) têm sangue negro ou judaico a correr-lhe nas veias (tenho ambos!).
Quero acreditar que semelhante caos não seria possível em Portugal... Mas estarei enganado?
As migrações sempre fizeram parte da História da Europa. Os europeus sempre emigraram para países extra-europeus e sempre recebera emigrantes, mas existem na actualidade uma série de fenómenos que estão a agravar o impacte destes fenómenos e a escala com que estes se estão a verificar... A França - mais do que qualquer outro Estado europeu - consentiu que se formasse no seu interior uma imensa comunidade emigrantes étnicamente homogénea, religiosamente distinta e contraposta à sua religião "nacional" e concentrou esta comunidade em pequenos bairros homogénos e regionalmente concentrados nos subúrbios parisienses. Formaram-se assim pequeno "Estados" indepentes, verdadeiras nações autónomas do ponto de vista cultural, étnico e religioso, sem comunhão alguma com o Estado françês e em frequente afirmação pela negação contra este.
Criou-se assim um imenso caldeirão efervescente que aguardava apenas pelo mais leve assoprar para verter... E verteu. E de que maneira... Escolas, garangens, autocarros, mais de 500 automóveis queimados... Mortos, feridos, tiros disparados... O aumento do prestígio e influência dos gangs dos subúrbios que se arvoram em "bastiões" dos interesses dessa comunidade, bem à maneira do Hamas e da Jihad Islâmica em Gaza ou na Cisjordânia é talvez o fenómeno mais perigoso.
A isto respondeu o Estado françês com a habital negação freudiana (Dejá Vu com o "Arrastão de Carcavelos"?) e uma tímida e medrosa reacção policial, oscilando sempre no dilema do "se agimos com força, acusam-nos de racismo / se agimos suavemente, tomam a suavidade por fraqueza.
A França cometeu o erro de deixar nascer dentro de si um Estado. E de deixar esse Estado na miséria criada pela Globalização e pelo Liberalismo... Na ânsia de obter mão-de-obra barata deixou entrar mais emigrantes do que os que podia absorver e de os deixar viver com as piores remunerações e condições, de modo a maximizar a taxa de lucro. Agora, paga a factura...
E Portugal?... Exceptuando a religião muçulmana, alimentamos "Estados" semelhantes no concelho de Amadora, Loures, Almada e Sintra... Mas essa excepção é importante... A religião é um factor fracturante muito importante, e a maior parte dos emigrantes africanos em Portugal são cristãos como a maioria da população indígena e partilham com eles as mesmas igrejas. Os portugueses são também dos povos menos racistas (ainda) da Europa, embora já tenham sido menos do que actualmente, tanto mais porque muitos (como Moi) têm sangue negro ou judaico a correr-lhe nas veias (tenho ambos!).
Quero acreditar que semelhante caos não seria possível em Portugal... Mas estarei enganado?
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